“De dentro de uma empresa, existem dois olhares tradicionais para o negócio: olhar só para fora – o consumidor, o trade – ou para dentro dela – a produção, a distribuição, o outro não existe etc. De qualquer forma, a empresa é sempre a referência. O branding propõe: saia dela. Busque uma perspectiva que permita que ela seja vista dentro do contexto dela, para perceber coisas que não percebia antes.” É nisto que aposta o publicitário e consultor Ricardo Guimarães, da Thymus Branding.
Ainda sob o seu ponto de vista, se existe uma única razão para o investimento em marca, esta é a redução no custo de crescimento: de capital, recrutamento, expansão, gestão de vendas… Para ele, a marca deve ser vista como ativo estratégico. Um nome, ao qual as pessoas relacionam competências, atitudes e valores, que por sua vez alimentam a expectativa de entregas futuras e aumentam o valor de mercado. “Gerenciar marca é gerenciar experiências e expectativas, utilizando a percepção de valor como indicador de sucesso”, define o consultor.
Neste trecho que extraímos do segundo curso a distância da Endeavor Brasil, “Marketing para empreendedores: ferramentas e estratégias”, o publicitário João Farkas, da Aximaz Branding, avalia que o primeiro passo para trabalhar uma estratégia de branding é ter uma visão muito clara do seu negócio.
Ele pontua ainda algumas reflexões que o empreendedor deve considerar: o que é a empresa, para quem é, qual é a sua oferta, o que promete, como essas necessidades estão sendo atendidas pelo mercado, entre outras. Desse ponto de partida, começa a experiência do branding, que passa por construir uma personalidade, a partir dela compor um discurso e, a partir do discurso, as práticas de comunicação e a posição da marca.
Neste processo, alerta Farkas, é preciso ter o cuidado de não comprar um modelo que não te serve, muito externo ou artificial para o seu negócio. “Se é verdade que, de alguma forma, é preciso estruturar o conhecimento e o pensamento de marketing de um negócio, tome cuidado para não criar um modelo que os engesse ou prenda”, diz ele. E reforça: “Sabemos que empreender é ter a tenacidade de se recuperar e se reinventar toda vez que você fracassa”, lembrando que qualquer empresa errou muito para chegar ao sucesso.
Outro aspecto fundamental, tanto para Farkas como para Guimarães, é estar pronto para rever a estratégia sempre que a realidade te mostrar que não era isso. Nesta linha, Ricardo Guimarães defende um trabalho de branding que denomina “evolucionista”: “Muda o cenário, você tem que mudar; se não fizer, você dança. Essa é a grande novidade do século 21: as coisas mudam para evoluir”.
Por Carolina Pezzoni, editora do Portal Endeavor Brasil – Fonte: Endeavor.org.br
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