Quando li a biografia de John Davison Rockfeller aclamado o “Rei do Petróleo”, observei que uma das suas estratégias, para construir o seu império do petróleo, era a de adquirir pequenas empresas de petróleo de seus concorrentes, com essa estratégia a sua empresa foi se expandindo e tornou-se o maior grupo de refinadores de petróleo do mundo.

Estratégia semelhante está sendo adotada pelo Magazine Luiza, rede de varejo de móveis e eletroeletrônicos, fundada em Franca, no interior de São de Paulo. Que por meio de uma estratégia agressiva de crescimento por aquisições vem conquistando espaço, adquirindo pequenas redes de varejo em um mercado, disputadíssimo, no qual é líder em vendas as Casas Bahia, seguida pelo Ponto Frio, ambas adquiridas, em junho de 2009, pelo Grupo Pão de Açúcar.

Comandada pela bem-sucedida empresária, Luiza Helena, temida pela concorrência, é hoje, uma das empresas mais agressiva no mercado de varejo de móveis e eletroeletrônicos e, em 2009, foi à rede que, em seu segmento, obteve o primeiro lugar em crescimento e em rentabilidade – retorno do investimento –, conforme dados da revista Exame Melhores e Maiores, edição de 2010.

Mas, o que está por trás desse sucesso todo não é, somente, a estratégia de crescimento por aquisições. Na realidade esse fato é apenas uma consequência de outras estratégias e ações de marketing implantadas, pela Luiza Helena, na rede Magazine Luiza. Entre elas destacam-se:

Criação de laços sólidos com funcionários e clientes, essa cultura foi adquirida pela empresa por ter as suas raízes em cidades do interior de São Paulo, onde os clientes são bem conhecidos pelos funcionários fazendo com que haja um relacionamento funcionário-cliente quase familiares;

Os vendedores têm planos de carreira e liberdade de negociação com os clientes –ferramenta de marketing chamada de empowerment – ;

Os clientes que têm fidelidade com a empresa são paparicados; e

Em vez de receberem, somente, salários e comissões, como é comum na maioria das empresas, os funcionários, também, participam dos resultados da empresa. Com isso o vendedor ganha sobre o lucro do produto e sobre o volume de vendas.

Sendo que cerca de 20% do salário total do funcionário está atrelado ao resultado global da empresa. Devido a isso, os que ganham mais se interessam em ensinar aos outros, que estão ganhando menos, porque se as vendas forem baixas, todos perdem – a loja e os funcionários –.

É bem provável que, essa participação nos resultados da empresa, seja a responsável pelaexcelente rentabilidade que a rede está tendo nos últimos anos, porque quanto maior for à rentabilidade da empresa, maior será a remuneração dos funcionários na participação dos resultados da empresa;

Certamente que, todos esses valores proporcionados pela empresa aos seus funcionários são fundamentais para a solidez e a rentabilidade da rede Magazine Luiza; e tudo isso só foi possível, porque os funcionários estão sendo bem valorizados pelos seus chefes, dessa forma estãomotivados para atender bem aos clientes, com o intuito de que a empresa cresça e que eles possam crescer juntamente com ela.

Concordo com a Luiza Helena, quando em entrevista a uma revista semanal, ela disse: “Entendo que uma motivação só será duradoura se atingir a cabeça, bolso e coração dos funcionários. Desejamos que os nossos vendedores virem especialistas em gente. E, para trabalhar no Magazine Luiza, é preciso ter espírito empreendedor. Quem gosta de ter um salário fixo todo mês, não é bom para nós”.

Por outro lado, se analisarmos as empresas que exploram e atrasam os salários dos seus funcionários. Será que elas conseguirão manter esses colaboradores motivados para o trabalho? É óbvio que não!

Em um trabalho realizado em Nova York por três consultores, da Sirota Consulting, sobre asatisfação dos funcionários nas empresas chegaram à conclusão de que o primeiro quesito que desperta entusiasmo dos funcionários é a equidade, ou seja, em primeiro lugar eles têm preferência pela remuneração justa, que tenham benefícios e que sejam tratados com respeitopelos seus chefes.

Portanto, a força motriz para que um empreendimento seja bem-sucedido é a motivação dos funcionários. A palavra-chave para essa questão é a motivação e ela só será atingida se as empresas derem: salários justos, participação nos lucros, benefícios, treinamentos adequados, respeito e reconhecimento aos seus funcionários.

A empresa que tiver competência para manter os seus funcionários motivados receberá como recompensa a geração de uma vantagem competitiva e irá conquistar, facilmente, os mercados.

 

Por Roberto Morais Batista, realizou vários cursos militares e civis, entre eles o MBA em Marketing; autor do livro de empreendedorismo: MONTANDO E MANTENDO O $EU PRÓPRIO NEGÓCIO; e atuou nas áreas de Marketing,